terça-feira, 12 de abril de 2011

Direção defensora

Hoje eu fui reprovado, pela segunda vez, na prova prática de direção.

Para o DETRAN de Goiás, é permitida uma pontuação de, no máximo, três pontos.
No meu primeiro exame, errei uma seta na chegada da baliza (3 pontos), e depois, ao final da prova, quando desliguei o carro, esqueci de desligar o limpador de para brisa (1 ponto). Saí de lá indignado. Em minha cabeça eu havia sido avaliado injustamente. O que realmente me reprovou foi o maldito limpador de para brisa. Pense comigo, se eu tivesse feito essa prova numa estação do ano em que não chovesse eu não teria sido avaliado nesse quesito. Mas pensei: sem problema, eu tento mais uma vez, e com certeza eu passo de segunda!

Hoje foi a minha segunda prova. Saí-me pior que a primeira prova. Dessa vez errei duas setas, também na bendita baliza.

Na verdade, já era de se esperar que hoje eu saísse pior. Ao chegar ao local de provas, tive que esperar por volta de 40 minutos para que meu nome fosse chamado. O que contribuiu, largamente, para que o meu nervosismo aumentasse exponencialmente.

O que me grilou hoje foi que de manhã, eu tive uma aula no carro no qual fiz a prova. E nessa aula eu acertei todas as balizas que eu fiz.

Quero dizer, esse exame tem como o objeto mínimo de avaliação a direção. Entendo que o mais avaliado é a capacidade de controle de nervosismo durante a execução do percurso estabelecido por eles. Na hora que a examinadora disse: “você esqueceu de ligar a seta para a direita para sair”, eu já me desestabilizei completamente. Tanto é que instantes depois ela disse: “você deslocou seu carro sem sinalização de novo”. Entendem onde eu quero chegar?

Mas para esse meu problema todo mundo tem a solução. Foi, inclusive, o conselho que mais foi me dado. “Calma, respira, você sabe dirigir, agora é só dirigir do jeito que eles querem”. E quem me diz isso, diz como se fosse humanamente possível ficar tranqüilo naquele exame!

Não sei se sou assim tão anormal. Acho que o comum é ficar uma pilha na hora da prova. Não tem jeito. E penso também que o DETRAN já sabe disso. Acredito também numa conspiração entre as auto-escolas, os professores, e os examinadores. Se cada um cooperar da maneira devida, todos saem lucrando nessa história.

Outro infortúnio é ter que esperar 15 dias para poder fazer a prova de novo. Porque eu tenho certeza que se eu tentasse de novo hoje eu passaria.

Mas, mesmo depressivo com o que aconteceu hoje e indignado com os interesses alheios, resta-me esperar 15 dias alem de pagar mais 140 reais para que eu possa fazer um re-teste.

Por: Daniel

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